quinta-feira, março 08, 2007

Finalmente escrevo...

Pois é, finalmente arranjei tempo de colocar as minhas crónicas em dia e escrever sobre a minha viagem à Finlândia. Tudo isto porque é o chamado "Students' day" e os profs foram todos assistir a reuniões e os alunos ficaram em casa. Party!!

Ora bem a Tuga foi à Finlândia durante a chamada "Sportlov" - férias de desporto, altura em que os "vickings" foram esquiar, e descansar, enquanto que em Portugal os tugas andavam a pregar partidas e a fazer figuras ridículas com máscaras coloridas. :)

Para ir para a Finlândia, fui, mais uma vez, de navio da "Vicking Lines". Cá fui, pois então, sózinha para a aventura marítima, num navio cheio de gente, pronta para a festa e o bailarico e bebedeiras crónicas. Até foi uma noite bastante calma, pois o navio estava repleto de putos finlandeses de todos os tamanhos. Consegui logo reconhecer a sua nacionalidade pela língua que falavam, ainda mais estranha que o sueco, e as roupas góticas que traziam - sim já começam de tenra idade.

Passei a noite numa cabine, sem janela, e com uma foto de um farol ao pôr do sol. A cabine ficava situada mesmo por baixo do piso onde ficavam os barcos. A minha condição humana tinha descido de categoria... E, para sair mais barato, partilhei o meu pequeno espaço com três outras pessoas que não conhecia de lado nenhum. Queres mais barato? Ora toma! Por acaso, não me queixei muito da companhia: duas raparigas com os seus 19 anos prontas para uma grande aventura: uma viagem de combóio de Helsínquia a Moscovo e depois de Moscovo a Pequim. Estavam mesmo muito anciosas e nervosas com a viagem. Grande aventura! Principalmente durante o Inverno com temperaturas não muito quentinhas. Joguei às cartas com elas, para passar o tempo e, depois, fomos ver o grande espectáculo "Dance Show Euro Song Contest" onde a música dos Lordi, não poderia faltar ao espectáculo em versão salsa! O espectáculo tinha mesmo aquele ar rasca de casino com bailarinas e bailarinos, muito agitados a fazerem playback das canções da Eurovisão, re-misturadas ao som de martelos. De morrer! O espectáculo cansou-me tanto que fui directa para a caminha com tampões nos ouvidos por causa das tuburlências marítimas.



Finalmente, de manhã, cheguei a Helsíngua. A primeira boa surpresa fo ver o mar completamente congelado. Espectáculo. A primeira má surpresa foi ver que a minha querida amiga Liliana estava à minha espera no local errado. A segunda má surpresa foi ver que não conseguia contactá-la. A terceira má surpresa foi contastar que estava frio como o raio! Depois de uma hora, para cá e para lá, para ver se conseguia encontrar a Liliana e de, finalmente, mandar-lhe uma mensagem, lá conseguimos nos encontrar.

Foi um grande alívio que senti ao ver aquela figura pequena encabeçada!! Estou viva! Bolas, que stress!

Carregada com a minha mochila pesadota, fomos aproveitar e visitar a cidade. Helsínquia é uma cidade relativamente nova, com muitos edifícios de meados do século XX e com poucos monumentos interessantes para ver. Um dos poucos edifícios que se destaca da paisagem cinzenta é a catedral. É um dos edifícios mais fotografados do país, construída em meados do século XIX. Faz-me lembrar um pouco o nosso panteão Nacional. Mal entrámos na igreja, ouvimos música do orgão da igreja, muito bonito. Não consigo dizer mais do que isso, pois esta primeira visita à cidade foi um pouco desatenta com discussões políticas e socias do país.

Depois da catedral luterana, fomos visitar a catedral ortodoxa, sendo considerada a maior do mundo ocidental e o símbolo de impacto que a Rússia teve na história da Finlândia que andou um pouco a cambalear entre o domínio sueco e soviético. Aliás, o estilo arquitectónico da cidade faz me lembrar um pouco uma cidade algures na ex-União Soviética, com blocos de edifícios cinzentos, estátuas grandes e robustas que poderiam ser de Lenine ou de Estaline.



Depois, fomos andar de elétrico pela cidade para ter uma panorâmica geral. Mais uma vez, prédios sem cor. Talvez tive essa ideia, por andar já tão cansada e ser Inverno. O grande choque foi ter apanhado temperaturas mesmo muito baixas - cerca de -15 e frio húmido que entranhava nas pernas e picava-me as pontas dos dedos. Na Suécia está-se muito mais quentinho...

1 comentário:

Anónimo disse...

há nada pior que má música :(
e o frio já começa a ser relativo, pelos vistos :)